É a causa
mais frequente de hipogonadismo no sexo feminino. Estima-se que ocorra em 1,5%
das concepções, 10% dos abortos espontâneos e 1:2500 dos nascidos vivos.
Caracteriza-se pelo cariótipo 45,X0;46,XXX (>50% dos casos). O cromossoma
mais frequente perdido é o paterno, e a idade materna avançada não é
considerada um fator de risco para
esta aneuploidia. A maioria dos casos é de ocorrência esporádica e as
características clínicas principais são:
*
Crescimento : baixa estatura relacionada à ausência do gene SHOX e tendencia à
obesidade
*
Desenvolvimento : atraso motor discreto, incoordenação
*
Gônadas: disgenesia ovariana com ausência de elementos germinativos ( 90%). São
pequenas estruturas de tecido conjuntivo
atrésicas, também conhecidas como gônadas em fita.
*
Linfedema ao nascimento.
* Tórax
em escudo, com hipertelorismo mamilar, Pectus escavum.
* Orelhas
proeminentes, mandíbula pequena.
*
Implementação baixa de cabelos; pescoço curto e largo; Pterigium coli ( pele redundante atrás do
pescoço).
* Rins em
ferradura.
* Valva
aórtica bicúspede ( 30%), coarctação de aorta (10%).
*
Têndência à tireoidite autoimune.
Síndrome de Turner (XO)
É uma
monossomia na qual os indivíduos afetados exibem sexo feminino mas geralmente
não possuem cromatina sexual. O exame de seu cariótipo revela comumente 45
cromossomos, sendo que do par dos cromossomos sexuais há apenas um X; dizemos
que esses indivíduos são XO (xis-zero), sendo seu cariótipo representado por 45
X. Muitas dessas concepções terminam em aborto; é provável que 97% desses
conceitos sejam eliminados chegando a termo apenas 3%, de modo que essa
monossomia constitui uma das causas mais comuns de morte Intra-uterina. Por
isso é uma anomalia cromossômica rara, atingindo apenas 1 entre 3000 mulheres
normais.
Trata-se,
fundamentalmente, de mulheres com disgenesia gonadal, isto é, cujos ovários são
atrofiados e desprovidos de folículos; portanto, essas mulheres não procriam,
exceto em poucos casos relatados de Turner férteis, em cujos ovários certamente
há alguns folículos.
Devido à
deficiência de estrógenos elas não desenvolvem as características sexuais
secundáriasao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente
pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é,
têm amenorréia primária). Quando adultas apresentam geralmentebaixa estatura,
não mais que 150 cm; infantilismo genital – clitóris pequeno, grandes
lábiosdespigmentados, escassez de pêlos pubianos; pelve andróide, isto é,
masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe
dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo e em forma de barril; alterações cardíacas
e ósseas. No recém-nascido frequentemente há edemas nas mãos e nos pés, o que
leva a suspeitar da anomalia.
As
primeiras observações realizadas com indivíduos severamente afetados associavam
a síndrome de Turner algum grau de deficiência mental. Posteriormente ficou
evidente que estas pacientes têm um desenvolvimento cognitivo alterado apenas
qualitativamente, pois elas possuem uma inteligência verbal superior à das
mulheres normais, compensando, assim, as suas deficiências quanto à percepção
forma-espaço. Disto resulta que o nível intelectual global das Turner é igual
ou, mesmo, levemente superior ao da população feminina normal.
Por outro
lado, não exibem desvios de personalidade, o que significa, inclusive, que sua
identificação psicossexual não é afetada. Em decorrência da disgenesia
ovariana, a única de
estrógenos para essas pessoas são as supra-renais; como a taxa desses hormônios
é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da
menstruação. Usualmente esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que
os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.
fonte de pesquisa: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/genesnaoalelos8.php
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