sexta-feira, 30 de março de 2018

Uso do S e do Z

Usa-se “S” nas seguintes situações:


a) Depois de ditongos:
Exemplo:
Coisa, faisão, mausoléu, etc.

b) Devemos empregar “são” em substantivos derivados de verbos terminados em: “ender”, “verter”, “pelir” e “ndir”.
Exemplos:
Apreender, apreensão; Ascender, ascensão; compreender, compreensão; distender, distensão; estender, extensão; pretender, pretensão; suspender, suspensão;subverter, subversão; repelir, repulsão; fundir, fusão, etc.

c) Em adjetivos terminados pelos sufixos “oso “ e “osa”, indicando abundância ou estado pleno.
Exemplos:
Formoso, formosa, dengoso, dengosa, horroroso, horrorosa, cheiroso, cheirosa, etc.

d) Em palavras terminadas pelos sufixos: “ês”, “esa”, “isa” e “ose”; empregados na formação de nomes que designam: títulos de nobreza, posição social, profissão, origem ou nacionalidade.
Exemplos:
Burguês, burguesa, camponês, camponesa, marquês, marquesa, português, portuguesa, princesa, profetisa, sacerdotisa, osmose, pentose, escoliose, etc.

e) Nos derivados de verbos terminados em “isar”:
Analisar, análise; pesquisar, pesquisa; paralisar, paralisia, etc.

f) Na conjugação dos verbos pôr, querer e usar:
pus, quis, usamos.

Usa-se “Z” nas seguintes situações:

a) Nos formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos, terminados com sufixo: “ez” ou “eza”.
Exemplo:

Sensatez, Altivez, magreza, certeza, mesquinhez, moleza, etc.

b) Em sufixo “triz” formador de femininos:
Exemplo:
Imperatriz, atriz, embaixatriz, etc.

c) Em verbos terminados pelo sufixo “izar”, quando a palavra primitiva não possuir “s”:
Exemplos:
Economia, economizar; Terror, Aterrorizar; Frágil, fragilizar.

OBS: Análise + ar = analisar; friso +ar = frisar. Isto é, nessas palavras não existe o sufixo “izar”.

d) Em sufixos formadores de aumentativo e diminutivo, quando a palavra primitiva não possuir “s” no radical.
Exemplos:
Carta, cartaz; Mulher, mulherzinha; avião, aviãozinho; arvore, arvorezinha.

Deve-se levar em conta a regra abaixo:

Se a palavra primitiva é grafada com uma letra, suas derivadas também serão grafadas com a mesma letra.
Exemplos:
Casa: casinha, casebre, casarão;
Lápis: lapisinho, lapiseira;
Raiz: raizinha, enraizado.


A rainha Nery e o reino sem papel

A rainha Nery e o reino sem papel


Num reino encantado havia uma rainha muito inteligente e sábia chamada Nery. Um dia todo o papel em branco do reino acabou. Os súditos vieram até a rainha e perguntaram:
_ Rainha, e agora o que faremos sem papel?
A rainha, tão inteligente como era logo teve uma ideia. Pegou uma bacia e colocou sobre a mesa. Então disse “piquem o papel usado e coloquem aqui”. Dois súditos se levantaram e picaram o papel. Então terminaram e se sentaram.
A rainha disse: “agora coloquem água”. Duas súditas se levantaram e colocaram água na bacia e voltaram a se sentar.
A rainha tornou a falar: “agora precisamos mexer”. Então um súdito pegou uma concha e mexeu o papel ate ele derreter. Terminou e se sentou.
A rainha disse “está quase pronto, só falta amassar”. Uma súdita veio e amassou, amassou, amassou. Terminou e sentou.
A rainha então pegou uma peneira. Pegou a massinha de papel e espalhou na peneira apertando pra sair à água. Então se sentou também.
O sol fez seu caminho e o tempo passou( aluna vestida de Sol atravessa o palco). Logo a massinha tinha secado. Então a rainha foi até a peneira e pegou o que havia lá. Ela estendeu diante do seu povo um papel branquinho, pronto pra se escrever nele.
Nossa rainha Nery, tão inteligente que era, acabou de ensinar as pessoas do reino como fazer papel reciclado.

 -Uso de teatro no espaço escolar-

A peça de Teatro desempenho ação educacional em pelo menos três campos: o do entendimento da questão ecológica, a dinâmica da atuação e do estilo literário teatral e a autoestima do aluno.
A proposta de reciclagem apresentada através da personagem rainha Érica é real, assim aproxima-se das possibilidades dos alunos e pode ser desenvolvida de forma prática com os alunos. A consciência ecológica é despertada levantando questionamentos como “porque será que acabou todo o papel em branco do reino?”, “ o que as pessoas poderiam ter feito para evitar isso?”, “ como nós podemos fazer pra cuidar do nosso papel?”, entre outros.
Na dinâmica de atuação trabalhamos com os alunos a dramatização, o que tem significativo efeito sobre o extravasamento das emoções e da capacidade do expressar-se. Além disso, temos a apresentação da estrutura do estilo literário que compõe a peça de teatro. Não necessariamente pontuando detalhes técnicos, mas de forma sutil apresentando características como as marcações que indicam fala (aspas, travessão). A relação de comando das ações feita pelo narrador, as características dos personagens.
Por fim, e não menos importante, coloco a questão da autoestima. E explico: muitos alunos não conseguem se destacar pelo desempenho escolar relativo a fazer as atividades propostas com excelência e isso machuca suas personalidades. Muitos carregam desde casa os estigmas de serem chamados de “burros, lerdos, incapazes” e muitas vezes o professor reproduz esses mesmos insultos que tanto maltratam o “eu” do aluno. Eu sempre mantenho em minha sala de aula atividades práticas, de manipulação de material concreto, de ir ao quadro, de falar, sugerir, contar coisas e através disso todos os alunos podem se destacar. No campo do teatro isso é ainda mais especial quando podemos trazer os pais para assistir, podemos imaginar aquele pai ou mãe que chama o filho de incapaz, mas que ao ir a escola vê seu filho atuando de maneira brilhante na peça de teatro. Esses pais vão ver o filho de uma maneira positiva, e o filho vai sentir-se orgulhoso de si mesmo. Também já tive a desagradável experiência do filho se apresentar e os pais não aparecerem na escola, isso é devastador pra criança e cabe ao professor também saber lidar com essa situação. Uma sugestão é o próprio professor deixar claro pro aluno que está orgulhoso dele e de que ele é muito capaz. Sempre que possível frise para os pais a importância da presença deles na vida escolar dos filhos.


---O aluno como é ele---

Tenho aluno que corre, que anda, que fica quieto, que tem alma de roda gigante. Lidar com a diversidade de uma sala de aula não é tarefa tão fácil, mas precisa ser feito. Há quem tente a qualquer custo podar crianças, amassa-las até enquadra-las uniformemente num padrão. Isso não funciona, é como se você tentasse enfiar o mundo numa caixinha, uma hora a caixa ia se rasgar.

Uma maneira eficaz para iniciar o processo de organização de uma turma, isto é, de organizar-se na regência que tornará o espaço agradável ao ensino, é o aceitar. Quando o professor aceita que os alunos são todos diferentes, que a heterogeneidade é inevitável e que nem sempre os alunos corresponderão à sua ideia de “aluno modelo” o trabalho é facilitado, mais do que isso, o trabalho se torna possível. Sabe aquele aluno que na para sentado? Então, isso é característico dele, a mesma coisa acontece com o aluno quietinho e assim por diante. Dentro do entendimento do “eu” de cada um deve desenvolver estratégias para que todos possam conviver e aprender.

Falando da minha própria sala de aula eu posso dizer, há ali uma diversidade imensa que eu recebo, hoje, como um presente. Cada qual com sua característica e preciosidade. Eu tenho aqueles que estão aprendendo rápido, os que aprendem devagar, os que aprendem de um jeito, os que aprendem com estratégias e adaptações, tenho um que precisa da língua de sinais, tenho os outros que mesmo sem ser surdos já aprenderam muitos sinais. E eu aceito todos eles.

A dica para qualquer professor recém-chegado na sala de aula é essa: conheça e aceite seus alunos. Tudo o que eu mencionei na proposta do teatro é valido aqui, precisamos fazer com que os alunos se destaquem para se mesmos e para os pais nas potencialidades que tem e ajuda- los nas dificuldades. 

Entre 3 mundos - um livro de Lavínia Rocha



Há algum tempo eu anuncie aqui o Projeto Plena, onde visamos apresentar aos leitores do blog aos autores e obras nacionais. Hoje trago pra vocês um livro que li dentro do projeto. Não vai ser um 'resenha', talvez um pouco mais de que isso. No meu texto hoje quero expressar o quanto me envolvi com a história e seus personagens e como a autora conseguiu me tocar. 

O obra 'Entre 3 Mundos' foi escrita por Lavínia Rocha e publicado pela D'Plácido Editora. A escrita da autora carrega uma suavidade cativante, é como se a cada paragrafo o nosso convite para leitura fosse renovado. Os personagens foram muito bem construídos, em personalidade e sentimentos. A mistura entre realidade e magia foi muito bem dosada e criativamente elaborada. Embora dentro da história encontremos um mistério a leveza de Lavínia nos nos faz sufocar, pelo contrario, é como se caminhássemos com os personagens através de suas aventuras e descobertas. 

Há algumas décadas, o Brasil vivia intensos conflitos entre pessoas normais e pessoas com dons extraordinários. Visando a paz no país, as autoridades o dividiram em dois territórios – o do Norte e o do Sul – e assinaram um contrato proibindo a migração de uma região para a outra.Alisa é de uma família do Norte, mas foi identificada como pertencente ao Sul e precisa esconder a verdade de ambos os mundos. Além de quebrar o contrato toda semana para visitar seus pais, Alisa enfrenta problemas comuns da adolescência: acha seu próprio nome bizarro, gosta do cara errado e é a única pessoa que não percebe o quanto seu melhor amigo é apaixonado por ela.A vida de Lisa (como prefere ser chamada) se transforma completamente com um grande acontecimento no colégio e, agora, ela se vê diante de um desafio envolvido pela descoberta do amor e da sua verdadeira identidade
Alisa, nossa protagonista, tem de enfrentar desde muito cedo o desafio de encarar bruscas mudanças e testes. Ela vive num mundo, que embora se parece com o nosso, tem suas especificidades. Acredita-se que existam três mundos, um magico, um meio magico e um 'normal'. O mundo mágico fica, a principio, inacessível as pessoas dos outros mundos. Houveram tempos de grandes conflitos entre o mundo dos meio mágicos e dos não mágicos que culminou num tratado, onde os países foram divididos em Norte e Sul.

Os nortistas eram os não mágicos e cultivavam a crença de que os sulistas se relacionavam com magia das trevas e que eram muito perigosos. Já os sulistas mantinham seus estudos sobre magia e a cultuavam sem interferências malignas, eram apenas pessoas com dons - e não criaturas das trevas como os vizinhos de cima pensavam. A maneira deles, Norte e Sul conseguia coexistir em paz sem que ninguém desejava desrespeitar o tratado (que me lembra o Apartheid ou o Muro de Berlim), embora que pra eles essa separação fosse talvez a maneira mais segura de seguir- no passado não mágicos chegaram a perseguir os mágicos e matar seus bebês. Alisa vivia no Sul quando recebeu, aos seis anos, a visita da diretora de um colégio Sulista que afirmava que ela possuía o dom da magia- e que assim passava a pertencer ao Sul.

Mudar toda sua vida, ser lançada em um 'mundo' novo não foi fácil. Ela teve de se afastar de sua família, mas felizmente conseguia vê-los aos fins de semana, nos demais vivia uma vida consideravelmente normal de estudante. No mundo dos meio-mágicos eles estudam numa escola e quando chegam na idade/ano escolar certo recebem um livro que conta a história de um personagem que se relaciona com seus dons. Cada aluno recebe um livro assim numa cerimonia quando chegam ao 1° ano do ensino médio. Porém mais uma grande mudança se anuncia na vida de Alisa no evento. Algo acontece ao seu livro e ele precisa partir em busca de resposta- e no descobrimento de seu dom.

Na escola de Alisa ela tem bons amigos que a ajudaram na missão de descobrir-se. Eles são: Dan, Sol, Marco e Nina. Gostei muito de todos eles, especialmente da Sol (ela é perfeita). Cada um deles tem um dom especial- que conhecem na cerimônia- Dan tem uma mente habilidosa, é como se ele pensasse com seis cérebros, é interessante porque ele já era um Nerd antes. Sol cria ilusões, ideais pra confundir o inimigo durante uma luta- ou fugir de uma pessoa inconveniente.Marco enxerga as ondas de som, assim pode perceber situações que ocorrem a distancia e evitar se meter em problemas. Nina manipula a água e o fogo. Já a Alisa... vocês vão ter de ler pra descobrir. Tem uma postagem aqui no blog sobre cada personagem da história, podem acessá-la clicando aqui.

Dan e Alisa são melhores amigos, e têm uma brincadeira muito boba (e fofa) que fazia com que jorrassem arcoíres dos meus olhos, por isso não posso deixar de comentar.
"_ A gente se vê no almoço, tá?_ ele disse, e eu concordei, fingindo estar brava. _ Não fica com raiva!- Dan riu, apertando minhas bochechas em um biquinho._Fala!_ mandou. Tínhamos várias bobagens, e essa talvez fosse a maior e a mais antiga delas. Não me lembro de quando havia começado, mas Dan adorava me ver falando "peixinho marrom" com as bochechas apertadas._ Alisa Febrero, fala logo."
Tendo-se um minimo de sensibilidade, pelo menos, é impossível não achar a cena fofa no livro. Mais dificil ainda e não shippar (torcer pros dois ficarem juntos). Mais ai é que tá, dentro dessa perspectiva há também reflexões sobre relacionamentos e amizades bem interessantes. Foi por esse ponto que mais me identifiquei com a obra, eu considera a amizade uma das coisas mais importantes que existem. Pude assim compreender um pouco mais dos pensamentos dos personagens e desenvolver empatia e muito carinho por eles. 

Embora eu não goste de histórias de amor, a presença das situações de conflito, duvidas e descobertas relacionadas a esse sentimento que me envolveram, me fizeram gostar ainda mais do livro- e ele vai além, não apresenta só o amor romântico, mas nos fala do amor da família e dos amigos. O amor não seria o foco da história, mas a descoberta de si próprio é algo fortemente presente. Enquanto Alisa tenta compreender sua história e seus poderes ela aprende muito sobre a vida, a amizade e a perseverança e essas são lições valiosas que ficam para o leitor. Tudo isso além de ser uma leitura que flui bem, que nos abraça em palavras e nos conduz com leveza e encantamento.

Indico "Entre 3 Mundos' pra todas as pessoas, sejam jovens ou senhores e senhoras, sejam apaixonados ou retraídos, graduados ou estudantes. Todos precisam conhecer a obra e sua autora. O livro esta absolutamente recomendado, inclusive para os professores de Português é literatura do fundamental 2 e do ensino médio. A leitura do livro pode acrescentar muito em ensinamentos de vida aos alunos, além de ser uma ótima maneira de trabalhar o gosto pela leitura- o livro é excelente.



Confira também a entrevista com a autora clicando aqui.

Entrevista com a autora: Lavínia Rocha

A autora de hoje do Projeto Plena tem simpatia de sobra e faz magia com as palavras. A menina é guerreira e já tem três livros publicados! Gostei muito de entrevista-la e conhecer um pouco mais da sua vida e das inspirações. Conhecendo cada livro dela vocês poderão mergulhar numa literatura feita com muita competência e dedicação. Fica ligado no livro Entre 3 Mundo, já é meu favorito! Entre suas inspirações ela cita, entre outras talentosas autoras, a Marina Carvalho ( autora pela qual eu tenho uma grande admiração). Aproveitem a leitura! <3


1- Fale-nos um pouco de você. Quem você é? O que te move, inspira e diverte? Qual sua formação?
Eu sou uma pessoa bastante espontânea, comunicativa e risonha. Gosto muito de me envolver em lutas de minorias (especialmente a luta negra e a feminista), seja lendo, debatendo ou atuando. Sou movida pelos meus sonhos, inspirada por situações a minha volta e praticamente tudo me diverte; sair e viajar com amigos, dançar, ler, assistir a séries e filmes...

Ainda não tenho nenhuma formação (tenho 18 anos haha), mas vou começar esse ano o curso de História.

2- Como se da à relação entre você e a literatura?

Minha relação com a literatura tem dois lados: quando eu aprecio palavras já escritas ou quando crio novas. Minha vida está cercada de livros e minha cabeça de ideias. O que é ótimo, pois adoro usar a literatura para sair da minha realidade e mergulhar em uma nova!


3- Quais são seus livros publicados? Fale-nos um pouco deles e onde podemos compra-los


Meu primeiro livro, publicado em 2010, chama Um amor em Barcelona e conta a história da Isabela, uma garota de 14 anos que acha muito chato de ter que visitar seu pai na Espanha, pois ele costuma prendê-la muito. Só que nessas férias, ela vai com uma prima, e as duas conseguem “ares de liberdade” e se apaixonam por dois garotos, o que torna a viagem muito mais interessante...

O segundo, De olhos fechados (2014), conta a história da Cecília, uma garota que anda recebendo uns bilhetes com frases estranhas e, toda vez que ela o lê, uma imagem vem em sua mente – o que não seria tão estranho se ela não fosse cega desde que nasceu. Além desse mistério, Cecília vai se envolver em um romance um pouco complicado com o aluno novo do colégio, o Tiago, e vai ter que passar por cima de um preconceito contra si mesma que nunca imaginou ter. É uma história com toques de mistério, romance e aventura.
O terceiro livro, Entre 3 mundos (2015), é fantasia e traz uma outra realidade política e social. O Brasil (da mesma forma que todos os países do mundo) foi dividido em duas regiões: o Norte (lugar das pessoas normais) e o Sul (onde ficaram as pessoas meio-mágicas). Alisa veio de uma família do Norte e, quando tinha seis anos, descobriu que pertencia ao Sul. Por isso, ela foi obrigada a se mudar para um colégio interno do mundo meio-mágico. Nove anos depois, quando o livro começa, um grande acontecimento no colégio faz com que Alisa comece a questionar quem ela é de verdade. Além disso, o livro traz questões típicas da adolescência; Lisa (como prefere ser chamada) vive babando no garoto que não está nem aí para ela e é a única pessoa que não percebe o quanto seu melhor amigo é apaixonado por ela. Mais uma vez, misturei vários gêneros; tem fantasia, romance, mistério e aventura.
Um amor em Barcelona teve suas duas primeiras edições esgotadas e agora vai ser relançado pela minha editora. Ainda não tem como encontrá-lo. Mas os outros dois são encontrados nas livrarias Leitura dos shoppings de BH. Também pelo site da Livraria D’Plácido, Saraiva e Cultura.

4- Como se deu sua inserção nesse universo literário? Quais desafios encontrou para publicação de seus livros e como os superou?

O meu primeiro livro foi publicado de forma independente. Como eu ainda tinha 13 anos, meus pais que cuidaram disso e buscaram uma editora. Já no segundo, eu mesma comecei a correr atrás de alguma editora que bancasse o projeto, além de trabalhar com a divulgação e a distribuição. Não foi fácil. Mandei emails para várias, até encontrar a D’Plácido, minha editora atual.

5- Que elementos você considera importante na construção de um personagem?

Acho muito importante criar marcas para os personagens, isso os deixa mais reais. Todos nós temos características e manias que se destacam e, da mesma forma, gosto que os meus personagens possuam particularidades. Também acho crucial mesclar defeitos e qualidades, pois, além de abrir portas para situações no livro, isso deixa a história mais verossímil.


6- Quais são os livros e autores que inspiram sua vida? Recomenda-me algum.

Eu tenho três autores que me inspiram muito, mas a lista sempre se renova. No início da minha adolescência me apaixonei por Pedro Bandeira, Thalita Rebouças e Paula Pimenta. Os três me apresentaram à literatura nacional, e sou muito grata por isso! Nesse momento, estou viciada nos livros da Marina Carvalho, a escrita dela é fantástica! Vou, então, recomendar a série dela que me conquistou: “Simplesmente Ana” é o primeiro, e agora estou lendo o “De repente, Ana”, que é a continuação.

7- Fale-me de seus projetos futuros. Tem mais livros a caminho?

Tenho três projetos para esse ano (eba!). A terceira edição de Um amor em Barcelona, que vai contar com uma capa nova, além de ilustrações no interior. Um livro de contos sobre diferentes deficiências, que terá outros autores também – fui convidada para participar por causa da personagem de De olhos fechados, que é cega, então resolvi fazer um conto sobre ela. E por último, estou trabalhando na continuação de Entre 3 mundos.
Imagem só pra dizer que eu amo livro novo

8- O que significa para você esse efeito mágico que a leitura causa nas pessoas, especialmente nas crianças e nos adultos sonhadores?

Eu acho encantador! O modo com que um livro pode nos trazer um misto de sentimentos é muito especial! Às vezes me pego gargalhando, chorando, morrendo de medo ou de ansiedade e paro para pensar no quão fantástico é o jeito que aquele autor tem de organizar as palavras a ponto de me fazer sentir tudo aquilo. É como você disse, a leitura causa um efeito mágico!


9- Escolha uma frase ou parágrafo de um de seus livros para nos inspirar.

Escolhi um parágrafo de De olhos fechados e outro de Entre 3 mundos.

O primeiro é uma fala da Cecília, que vive um dilema: diz para todos que odeia quando sentem pena dela, mas percebe que, antes de tudo, ela é a pessoa que mais precisa acreditar em suas próprias palavras.

Um pouco antes dessa fala, a moça que vende pipoca no cinema não percebeu que ela era cega e se irritou quando a menina se confundiu e tentou pagar com uma nota de cinco reais. No fim das contas, quando a moça viu que ela era cega, usou a expressão que Cecília odeia: “ai, que dó de você”.
“Eu sei que já era para ser vacinada a esse tipo de reação, mas ainda me irritava quando tinham dó de mim. Não que fosse culpa da pessoa que o fazia, mas o problema é que toda vez que eu tentava mostrar para alguém que não precisava ter pena, eu me sentia como se estivesse falando para mim mesma, como se eu fosse quem mais precisasse ser convencida. E isso era o pior de tudo.”
O segundo parágrafo é sobre algo muito importante para a Lisa, minha personagem de Entre 3 mundos. É a primeira desconstrução racista pela qual ela passou, além de descrever o momento em que se descobriu negra. Como passei pela mesma descoberta, tenho um carinho dobrado por essa parte.
“(...) minha pele era o que as pessoas costumavam chamar de “morena”, mas eu me identificava como negra da pele clara desde que o grupo do movimento negro da escola – do qual a Nina fazia parte – apresentou um teatro sobre como expressões do tipo “pardo”, “moreno”, “marrom bombom” são usadas pela sociedade para evitar “negro” ou “preto” – como se isso fosse um xingamento, uma ofensa – e, considerando a nossa história escravocrata, fica fácil entender por que muitos pensam assim. Depois dessa apresentação, comecei a reparar como era desconfortável usar o termo negro, enquanto chamar alguém de branco era supernatural. No fim das contas, fiquei bastante satisfeita por ter mudado a forma como eu me via – e Nina também ficou feliz por seu grupo ter atingido vários alunos do colégio.”

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Plano de Aula 1

Vou postar toda semana um plano de aula para cinco dias. Com as seguintes orientações: segunda feira: português/historia/geografia ; terça-feira: português/ matemática/ciências; quarta-feira: português/ matemática; quinta-feira: português/matemática/ Formação Humana e sexta feira: historia/geografia/artes



                   02/03 – Segunda-feira: português/historia/geografia
·         Brincadeira das palavras: cada aluno recebe duas fichas com uma letra do alfabeto ( por exemplo um aluno recebe duas fichas escrito a letra A em cada uma delas). O professor escreve a palavra no quadro e a turma se organizará para montar a palavra. Quando a palavra contiver duas letras iguais, como em CASA o aluno que pegou as fichas do A deve segurar uma e passar a outra ao aluno da posição que complete a palavra. A brincadeira finda e todos devem escrever as palavras formadas no caderno.
·         Animais com a Letra A: desenhar e escrever: aranha e arara.
·         Objetos com a letra A: desenhar e escrever: agulha e árvore.
·         Colorir um Círculo com a cor AZUL.
·         Geografia/historia: Falar sobre e copiar o nome do bairro, da cidade, do estado e do país.

03/03- terça-feira: Português/ matemática/ ciências
·         Escrever as operações de soma no quadro e brincar com os alunos para resolver. Por exemplo, na soma 3+4, primeiro chama-se 3 alunos e junto com a turma conte-os, depois chame mais 4 deixe-os separados, conte novamente. Agora junte todos realizando a soma e conte até obter o resultado.
·         Animais de duas e quatro patas. Selecione com ajuda dos alunos animais com duas e com quatro patas, agrupe os nomes de acordo com as patas. Solicite que eles escrevam os nomes dos animais e que ilustrem pelo menos um com duas e um com quatro patas.

04/03 Quarta-feira: português/matemática
·         Nomear e ilustrar figuras geométricas (quadrado, triangulo e círculo)
·         Copiar parlenda: “um dois feijão com arroz...”
·         Brincadeira livre com fantoches – montagem de historia coletiva com personagens dos fantoches.

05/03- quinta-feira: português/matemática/ Formação Humana
·         Respeito pelos mais velhos – falar sobre.
·         Jogos, brinquedos e brincadeiras dos tempos dos pais e avós. Ouvir história, comentar sobre, copiar os nomes e brincar. ( Amarelinha, botão, pião, jogo da velha)

                     06/03 – Historia/geografia/artes
·         Falar sobre paisagens, comentar e nomear: cidade, floresta e deserto. Procurar ilustração nas revistas, recortar e colar.
·         Comentar sobre a história do nome da cidade.

·         Artes: fazer arte sobre o nome (o aluno recebe uma folha com seu nome escrito e deve fazer uma arte em cima dela).